91% das mulheres economicamente ativas também trabalham em casa

Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) confirmam: enquanto 91% das mulheres que são economicamente ativas também fazem tarefas domésticas, apenas 51% dos homens vive a mesma situação, apesar de ambos terem dupla jornada de trabalho. Além disso, o que também torna esta divisão injusta é a quantidade de horas dedicas ao trabalho doméstico: uma média de 20,8 horas semanais para mulheres contra 9,1 horas para os homens.

Uma análise destes dados feita pelas professoras Hildete Pereira de Melo e Marta Castilho, da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense, concluiu o seguinte sobre esta situação:


"Uma característica importante do trabalho reprodutivo é que ele é tão mais importante 
quanto menor for o grau de instrução dos trabalhadores, embora a volume médio de horas 
dedicado a afazeres mesmo para as mulheres mais escolarizadas seja mais do que o dobro de 
horas dos homens com o mesmo grau de instrução (ver Tabela 5). Esta diferença é maior no 
caso das mulheres do que dos homens. Uma mulher sem instrução dedica em média 54% a 
mais de tempo a afazeres do que os homens, enquanto a mesma comparação no caso 
masculino denota uma diferença de 37%. Por conseqüência, o diferencial de horas médias 
dedicadas a afazeres entre mulheres e homens cai à medida que aumenta o grau de instrução 
de ambos."

Para as professoras, "as mulheres trabalham e muito, cada vez mais envolvidas no trabalho 
produtor de mercadorias e aparentemente insubstituíveis no trabalho reprodutivo", uma situação que, segundo elas, precisa mudar.

Leia o estudo completo clicando aqui.

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