Em todo o mundo, mulheres e homens
vivem condições desiguais em relação ao trabalho. Isto varia de acordo com as
relações de gênero, classe e raça, de forma geral. Além destas, outras questões
podem reforçar/influenciar nestas desigualdades, como a cultura, as origens
regionais (meio urbano ou rural, países mais ricos ou mais pobres, do Sul ou do
Norte), ou a forma de cada um ou cada uma viver sua sexualidade.
Porém, no mundo do trabalho, uma
questão central que colabora para as desigualdades entre homens e mulheres é a
divisão sexual do trabalho, o trabalho produtivo e o reprodutivo. Através da
história, a divisão sexual do trabalho significou que as mulheres ficassem
encarregadas do trabalho reprodutivo: doméstico, ligado à manutenção da casa e da
família, invisível e não remunerado. Aos homens coube trabalho produtivo,
remunerado, e associado à esfera pública, fora de casa, reservada ao chefe da
família.
Quando se trata do “mundo rural”, esta
divisão manifesta-se de forma perversa para as mulheres, porque muitos dos
afazeres domésticos estavam e ainda estão relacionados à “ajudar na roça”,
cuidar das cabras e galinhas, por exemplo. Para os homens, este trabalho tem um
valor, mas, para as mulheres, acabou se tornando uma extensão do trabalho
reprodutivo, já pesado e invisível, onde as mulheres são sobrecarregadas, com a
tripla jornada de trabalho.
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