Um em cada
quatro brasileiros que vivem no campo está em situação de extrema pobreza. No
Nordeste, 48,5% dessa população são mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Historicamente, e principalmente no meio rural,
as mulheres são as mais afetadas pela extrema pobreza. As dificuldades começam
com a falta de documentos até a dificuldade de acesso às políticas públicas,
como os créditos de financiamento agrícola.
O trabalho gera autonomia econômica
para as mulheres e contribui para melhores condições de vida de suas famílias,
comunidades e municípios, numa perspectiva de justiça socioambiental,
promovendo os direitos humanos, a participação das mulheres e a convivência
harmônica com o semiárido.
A partir de seus processos coletivos de
organização nos grupos produtivos, as mulheres se fortalecem como sujeitos
políticos em suas localidades e fora delas. Atuam em espaços de participação e
implementação das políticas públicas, como conselhos, fóruns e comissões,
colaborando para a melhoria das condições de vida de suas comunidades e
municípios.
Mas enquanto as tarefas domésticas
forem assumidas quase que exclusivamente pelas mulheres e filhas e não
compartilhadas com seus companheiros e filhos, a sobrecarga das mulheres
continuará e as desigualdades também. Para que as mulheres desenvolvam seu
trabalho produtivo, o trabalho reprodutivo precisa ser dividido como todas as
pessoas da casa.
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